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DGP anuncia “a posse de cerca de 389 novos policiais”

Em site da Polícia Civil, manchete tenta dar a falsa impressão de que é um grande número, mas 389 foi exatamente o contratado

O governo do Estado continua tentando manipular a informação. No site da Polícia Civil do Estado de São Paulo, uma publicação chama a atenção. A manchete é explícita: “Polícia Civil inicia a posse de cerca de 389 novos policiais”. Na verdade, foram exatamente 389 policiais civis de diversas carreiras os empossados no dia 21 de janeiro, em solenidade pomposa.

O texto é vago, não fala quantos meses terá o curso de formação e o número de empossados não bate. Vamos destacar algumas informações lá contidas para análise:

Os novos agentes passarão pelo curso de formação da Academia de Polícia Civil, Coriolano Nogueira Cobra (Acadepol). Após a formatura, reforçarão o efetivo nas diversas regiões do Estado. O Curso de Formação tem duração de meses, englobando estudos em várias disciplinas e estágio de aproximadamente 15 dias. Já foram empossados, 41 Delegados de Polícia, 84 Investigadores de Polícia, 143 Agentes Policiais, 48 Agentes de Telecomunicações Policial, 36 Papiloscopistas Policial e 12 Auxiliares de Papiloscopista Policial.

A Delegada Geral de Polícia Adjunta, Elisabete Ferreira Sato, deu posse aos novos Delegados de Polícia, na manhã de 21 de janeiro. A solenidade aconteceu no auditório do Dipol, localizado rua Brigadeiro Tobias, 527, bairro Luz, região central da Capital. O Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), representado por sua Presidente, Raquel Kobashi Gallinati Lombardi, participou da solenidade de posse. Os demais agentes foram empossados no auditório da Academia de Polícia, localizado à Praça Reinaldo Porchat, 219, Cidade Universitária, zona oeste da Capital, pelo Delegado de Polícia, Gilson Cézar Pereira da Silveira, diretor do Departamento de Administração e Planejamento da Polícia Civil (DAP).

Esse número não resolveria nem mesmo para o Deinter-3 de Ribeirão Preto, quanto mais para serem destacados para diversas regiões do Estado. Um número vergonhoso. Baseado em portaria que o próprio governo fez questão de revogar, em números de 2013, hoje estão faltando cerca de 15 mil policiais civis.

Mas isso não se trata de criação de cargos não. São cargos existentes, que deixaram de ter alguém ocupando, seja por aposentadoria, falecimento, doença, ou qualquer outro motivo. E o governo não está repondo há muitos anos. A situação só se agrava.

Agora o governo vem com esse teatro todo. Seria risível se a situação da Polícia Civil não fosse tão desesperadora. O Sinpol segue sua luta para a contratação do número necessário para minimizar o sofrimento dos policiais civis, que se desdobram executando o trabalho de dois ou três policiais civis. E também da população, que por conta da falta de efetivo, tem dificuldades de atendimento e de esclarecimento dos crimes aos quais é vítima. Uma bola de neve que só faz aumentar. Chega de mentira, senhor governador. Queremos policiais civis em número minimamente necessário para suprir as vagas existentes e poder prestar um ótimo atendimento à população.

Célio Antônio Santiago, presidente do Sinpol

 

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