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Novo diretor do Deinter-3 reúne-se com policiais civis na sede do Sinpol

 

Dr. Jorge Cury aproveitou para rever amigos dos tempos que trabalhou em Ribeirão Preto, dentre os quais, o presidente do sindicato

Desde o dia 04 de janeiro de 2023, Ribeirão Preto conta com um novo diretor do Deinter-3. Após 10 anos frente ao órgão, o dr. João Osinski Júnior deixou o cargo. Seu substituto é um delegado trilhou grande parte de sua carreira em Ribeirão Preto: o dr. Jorge Amaru Cury Neto.

 

Natural de Tietê-SP, dr. Jorge ingressou na Instituição em 1993. Está prestes a completar 30 anos de carreira. Começou como escrivão e passou a delegado. Na carreira, atuou em distritos policiais de Ribeirão Preto. Foi o delegado responsável pela estruturação do setor de Inteligência Policial na região de Ribeirão Preto.

 

Durante os três últimos anos em que viveu em Ribeirão Preto, o delegado criou e coordenou o Necrim (Núcleo Especial Criminal de Ribeirão Preto), um órgão de conciliação para crimes de menor potencial ofensivo.

 

Em seguida, transferiu-se para a cidade de São Paulo, onde passou por alguns setores importantes da Polícia Civil. Nos últimos três anos, trabalhava na Corregedoria Geral.

 

“Arrume as malas”

 

No dia 11 de janeiro de 2023, dr. Jorge Cury aceitou convite feito pelo presidente do Sinpol, Célio Antônio Santiago, e foi conhecer a nova sede social. Ficou bem impressionado com o que viu, pois quando deixou Ribeirão Preto para trabalhar em São Paulo, as obras mal haviam começado.

 

Depois de conhecer toda a sede, sr. Jorge se reuniu com alguns diretores, entre eles o vice-presidente Darci Gonzales, a diretora-Secretária Fátima Aparecida Silva, o diretor de Patrimônio Arnaldo Vaz Ferreira e o Conselheiro Fiscal Júlio César Machado, além da associada Marisa Paulo da Cunha, carcereira aposentada.

No encontro, ele fez questão de elogiar a atuação do Sinpol em favor da categoria e destacou que estará sempre aberto ao diálogo com o sindicato. Ele explicou que seu projeto de trabalho está sendo planejado para quatro anos.

 

Contou também como surgiu o convite. “Encontrei o dr. Artur José Dian em uma reunião do Conselho na DGP. Ele estava na lista de transição da equipe do governador Tarcísio. Era o único delegado de classe especial. Logo deduzi que seria o novo delegado-geral. Quando nos encontramos, fiz questão de parabenizá-lo, desejando sucesso na empreitada. Ele ficou surpreso, mas não perdeu tempo. Me chamou para trás de uma coluna e disse: ‘Arrume as malas, Jorginho. Você vai voltar para casa’. Fez o convite em 20 segundos e não tive nenhum segundo para pensar. No dia 04 de janeiro, desembarquei em Ribeirão Preto com minhas malas para encarar o desafio”, disse emocionado.

 

Reuniões e mudanças

 

O novo diretor disse que se reuniu individualmente com todos os delegados Seccionais e com o divisionário da DEIC Ribeirão Preto. Adiantou que fará poucas mudanças neste primeiro escalão. Questionado sobre a questão dos recursos humanos, dr. Jorge não desconversou. “Sabemos disso. O novo diretor do Deinter-3 sabe disso. O delegado geral sabe disso. O seccional também O governador nem se fala. Mas temos que ser realista. Em 2023 não vamos receber policiais civis. O concurso está em fase de análise social dos candidatos aprovados. Depois tem a academia. Somente em 2024 é que teremos as nomeações.

 

O diretor sabe das dificuldades que terá em relação a recursos humanos, mas pretende resgatar a autoestima dos policiais civis. “Não estou aqui para mudar, para forçar ninguém a nada, nem para vingança pessoal. Estou aqui para implementar aquilo que acredito. Meu estilo é simples, preciso de três balizas: quem trabalha, quem é honesto e quem é leal. Leal não ao Jorginho, mas à Instituição. Esses três pilares é o que vai sustentar [o trabalho] daqui para a frente. Posso ter 10 policiais à disposição, mas que não trabalham, não rendem. Em contrapartida, posso ter somente quatro, mas que se dedicam. É isso que quero contar”, admite.

 

Dr. Jorge pretende ainda investir recursos e tentar aumentar o número de policiais que trabalham na inteligência. Outro setor que pretende reorganizar é o GER (Grupo Especial de Reação) da Polícia Civil em Ribeirão Preto. “Quero apenas comprometimento e impessoalidade”, adianta.

 

Em relação aos problemas de espera da população nos plantões, pretende estimular a informação da Delegacia Eletrônica. Mas quer também melhorar o atendimento à população e as condições de trabalho dos policiais civis.

 

Durante o encontro, adiantou que já conseguiu dois policiais civis para a região. Um deles é um delegado de Bauru. “Vamos ter que brigar com gente. Os concursos vão ser designados o ano que vem. Não adianta falar que daqui a dois meses vai ter alguém. Não vai. O que estou fazendo: estou trazendo um delegado muito bom, vai publicar até sábado [14], que vem me ajudar. Ele foi cinco anos assistente do Seccional de Bauru e, há dois anos como primeiro assistente da DEIC de Bauru. Antes de chegar aqui no Sinpol, acabei de ligar para o diretor do Dipol. Disse a ele: ‘tem um investigador que veio me visitar no Deinter, está há dois anos na Delegacia Eletrônica e quer vir para Ribeirão. Você me ajuda’. Ele disse que tem 200 pedidos semelhantes, mas disse que vai ver isso. Ou seja, com meu jeito de pedir, já trouxe dois, em uma semana”, revela.

 

Feliz com a vinda para Ribeirão Preto, dr. Jorge admite que o desafio não será fácil. “Em abril, completo 30 anos de Polícia Civil. Aprendi que teimosia custa caro. Seja teimoso o tanto que você aguenta pagar. Vamos organizar a Polícia para dar uma pronta resposta. Como disse Mário Sérgio Cortella, ‘quero exigir seu melhor, nas condições que você tem, enquanto você não puder melhorar’. Estou abrindo o coração com todos: vim para fazer meu melhor. Se der certo, todo mundo ganha”, conclui.

Por: Adalberto Luque com fotos de Hugo Luque

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