Policiais civis de todo o país discutiram os rumos da Instituição e trataram de temas como valorização profissional e a PEC 18/2025.
O Sinpol participou ativamente do XXVII Congresso Nacional da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), realizado em Goiânia (GO), entre 12 e 15 de novembro.
Além da presidente do Sinpol, Fátima Aparecida Silva, estiveram presentes os diretores Júlio César Machado (Financeiro) e Joel Martins (Patrimônio). Segundo Fátima, o encontro teve grande relevância para os rumos da Instituição.
O Congresso reuniu representantes de vários estados para discutir avanços e desafios da segurança pública. A abertura contou com autoridades estaduais e nacionais e marcou a recriação simbólica da União de Policiais do Brasil (UPB), gesto voltado ao fortalecimento da categoria e ao diálogo com gestores públicos.
A programação começou com palestra do especialista Alberto Kopittke, que apresentou análises sobre políticas de segurança implementadas em diferentes regiões e destacou resultados no enfrentamento à criminalidade. O primeiro dia também incluiu mesas-redondas e debates sobre práticas que podem ser incorporadas ao trabalho policial.
Entre os temas centrais, a valorização e modernização das polícias civis orientaram discussões sobre condições de trabalho, impactos da reforma previdenciária de 2019 e ajustes necessários nas regras de aposentadoria. O presidente da Cobrapol, Giancarlo Corrêa Miranda, defendeu diálogo permanente sobre direitos e garantias da categoria. Já Renato Rick, presidente do Sinpol-GO, destacou a importância de investimentos em tecnologia e métodos de gestão.
Ao longo dos quatro dias, o evento trouxe painéis sobre o papel do oficial investigador, capacitação sobre a Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil e debates destinados à unificação de pautas entre estados. As atividades também abriram espaço para troca de experiências e elaboração de estratégias de atuação institucional e política voltadas ao fortalecimento da segurança pública.
As discussões avançaram em propostas para um novo estatuto da categoria, com foco na valorização profissional, melhorias estruturais e modernização das corporações. Participantes ressaltaram a importância de incorporar tecnologias e práticas multidisciplinares e de ouvir policiais que atuam na linha de frente. A expectativa é que as deliberações contribuam para políticas mais eficazes e integradas, refletindo na atuação das polícias civis e na proteção da população.
Segundo Fátima, o Congresso foi extremamente produtivo. Entre os temas abordados, especialistas detalharam a PEC 18/2025, que visa reformular a segurança pública no país, incluindo o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) na Constituição e ampliando a cooperação entre União, estados e municípios.
“Tratamos de aspectos fundamentais para o futuro da Polícia Civil, como carreira única, modernização, alteração do estatuto da Cobrapol, PEC 18, Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil e reforma administrativa. Além da carreira de investigador (OIP), com questões pertinentes e legais sobre o tema”, afirmou.
A presidente do Sinpol acrescentou que as manifestações em defesa da Polícia Civil serão mantidas e ampliadas. “Em dezembro haverá um grande movimento nacional, uma manifestação em prol da Polícia Civil. Queremos valorização já! E em São Paulo, queremos a Lei Orgânica Já”, concluiu Fátima.


