
Inconformada com reajuste, presidente do Sinpol está indo atrás de apoio para dialogar com governo.
A presidente do Sinpol, a exemplo de todos os policiais civis, está inconformada com o índice de reajuste proposto por Tarcísio de Freiras: míseros 5%, após dois anos sem receber qualquer centavo de reposição salarial. Desta forma, ela tem intensificado seu trabalho sindical para cobrar as autoridades.
Uma de suas estratégias tem sido fortalecer o grupo Resiste, que reúne sindicatos e associações representativas de policiais civis de todas as carreiras. Além disso, o grupo tem participado de reuniões, buscando apoio de deputados estaduais para a luta da categoria.
Um dos que aderiram à luta dos policiais civis foi o deputado Reis, do PT. Ele tem se mobilizado nos bastidores e conseguido reuniões com a cúpula da Casa Civil. Numa dessas reuniões, ocorrida no final de maio, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, Fátima foi incisiva ao declarar ao secretário-executivo da Casa Civil, coronel Fraide Sales: “5% de reajuste é vergonhoso”.
Sales justificou-se dizendo que Tarcísio esbarra na Lei de Responsabilidade Fiscal, o que, para a presidente do Sinpol, é subterfúgio para não enfrentar o problema de frente. “Temos um dos piores salários da Polícia Civil entre todos os estados brasileiros. Estamos na penúltima colocação”, apontou a presidente do Sinpol.
Porém, Sales admitiu que Tarcísio enxerga a situação e que isso deve ser corrigido com a Lei Orgânica Estadual. “Fraide Sales nos disse que os policiais civis devem ter reestruturação e valorização com a Lei Orgânica. Cobremos e oremos”, conclui Fátima.