
Reunião realizada na ALESP definiu metas para cobrar reajuste salarial e contou também com representantes dos policiais militares e penais
A presidente do Sinpol, Fátima Aparecida Silva, e o diretor de Patrimônio do sindicato, Joel Martins, participaram, em 23 de abril, de uma importante reunião na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP).
A reunião contou com representantes dos policiais civis e das entidades ligadas ao Grupo Resiste, coordenado pelo dr. André Santos Pereira, presidente da ADPESP (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) e que inclui, entre outros, o Sinpol Ribeirão Preto e o Sinpol Campinas, presidido por Aparecido Lima de Carvalho, o Kiko.
Também participaram representantes de entidades ligadas à Polícia Militar, como a Associação dos Cabos e Soldados e representantes dos policiais penais. Além dos sindicalistas o encontro, que foi organizado pelo parlamentar estadual Paulo Batista dos Reis, conhecido por Deputado Reis (PT-SP), teve participação do deputado Guilherme Cortez (PSol-SP), de Franca e do deputado Carlos Giannazi (Psol-SP).
Segundo Fátima, a reunião teve por objetivo debater a campanha salarial de 2025. “Não há qualquer projeto de reajuste. O governador Tarcísio de Freitas não respeitou nossa data-base, que é no mês de maio. Também não está obedecendo à Constituição Federal, onde, no artigo 37, inciso 10, consta que é nosso direito ter reajuste anual. Já vamos para dois anos sem reajuste”, explicou.
Durante a reunião, os parlamentares ouviram dos representantes de policiais civis, militares penais, sobre a necessidade de estarem todos unidos e em consenso, sobretudo, com apoio dos parlamentares da ALESP. “Queremos criar uma pauta com proposta única e apresentá-la ao governo. Mas sabemos que Tarcísio de Freitas, seu secretário [da Segurança Pública] Guilherme Derrite e toda a cúpula da secretaria não é dada ao diálogo. Queremos apoio dos parlamentares para entregar essa pauta,”, acrescentou Fátima.
A ideia, segundo a presidente do Sinpol, é aumentar a pressão. Desta forma, com uma proposta única para todas as forças policiais que integram a SSP (Secretaria da Segurança Pública), pressionar o governador para que atenda os policiais civis.
No encontro, dr. André Santos Pereira, presidente da ADPESP e um dos líderes do grupo Resiste, do qual o Sinpol faz parte, apresentou uma pauta referente à categoria policial. “Essa proposta terá apoio de outras entidades em razão à remuneração. Mas para os policiais civis, cobra, além do reajuste salarial e salários mais dignos, plano de carreira, previdência, saúde complementar dos policiais civis e dependentes, além de prerrogativas para exercermos nossa atividade com plenitude. Uma dessas prerrogativas é justamente o que estamos cobrando do governo, para que ele respeite e honre nossa data-base e a Constituição Federal”, disparou Fátima.
Ao final da reunião, a presidente do Sinpol cobrou o apoio do deputado Reis e dos outros parlamentares presentes, Guilherme Cortez e Carlos Giannazi, além de outros deputados estaduais que não estavam na reunião, para que a pauta avance e que o governador Tarcísio de Freitas possa sofrer uma pressão maior. “Neste momento, é preciso que todos os policiais civis estejam unidos. O Sinpol está entre as principais lideranças deste movimento e não aceitaremos o descaso como estamos sento tratados pelo senhor governador. Queremos reajuste. E já. Queremos nossa Lei Orgânica estadual definida, apresentada na ALESP e aprovada, com mudanças significativas e respeito. Somos policiais civis e merecemos isso. Se o senhor Tarcísio não entende, então vamos cobrar de forma mais ostensiva”, concluiu Fátima.