
Policiais civis discutem projeto na ALESP,
Sinpol enviou comitiva para participar e participar das tratativas que antecedem a elaboração da minuta do texto-base da Lei Orgânica estadual
O Sinpol levou uma comitiva para participar da audiência pública que trata da Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de São Paulo, realizado no dia 13 de março, na (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). Foram 16 policiais civis representando a região de Ribeirão Preto no evento que reuniu centenas de policiais civis no auditório da ALESP.
Segundo a presidente do Sinpol, Fátima Aparecida Silva, que esteve à frente da comitiva, foi importante marcar presença no evento para mostrar que os policiais civis querem participar das discussões em torno do tema, evitando que haja distorções ou perda de direitos adquiridos.
“É um momento muito sensível e a presença da categoria é fundamental. Os organizadores explicaram os rumos do que vem sendo feito pelo Grupo de Trabalho e ouviram reivindicações dos policiais civis. Queremos ser valorizados, mantendo nossas árduas conquistas e fazendo com que justiça seja feita em casos como a paridade e integralidade, salários dignos, valorização pelo Nível Universitário, plano de saúde e de carreira, entre tantos outros pontos”, explica Fátima.
Participaram da mesa diretora dos trabalhos o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lima secretario de Estado do Governo e Faride secretario executivo e coordenador do grupo de estudo, Delegado Olim, o delegado-geral de Polícia, dr. Artur José Dian e os deputados estaduais Reis, Jorge Wilson Xerife, Gilmaci, Miacir Santos e o deputado Da Cunha.
No encontro, os policiais civis tiveram a oportunidade de expor suas reivindicações. A principal, delas foi a questão do salário. Inclusive foi exposto que os policiais civis do Estado de São Paulo estão entre as quatro piores remunerações entre todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. São Paulo só paga mais que os policiais civis de Minas Gerais, Bahia e Paraíba. Em contrapartida, policiais civis do Mato Grosso recebem o dobro do salário pago aos policiais civis paulistas.
“São essas injustiças que queremos mudar. Queremos a mesma valorização que os demais estados. O policial civil do estado mais importante do Brasil merece ser melhor remunerado. Enfrenta o crime organizado em condições de total desigualdade, com falta de recursos humanos, armamento à altura (embora estejamos melhorando) e, sobretudo, mal pagos”, dispara Fátima.
Além disso, os presentes falaram sobre o descontentamento em relação à reposição das perdas salariais, algo que já está há quase dois anos sem que nenhum centavo tenha sido pago. “O governo não reajusta nosso salário há quase dois anos. Março é nossa data-base. É hora de começar a fazer justiça”, acrescenta Fátima.
Os policiais civis também listaram condições de trabalho, plano de carreira, plano de saúde, questionaram unificação de cargos, pediram contratação de mais funcionários administrativos, querem a inclusão de policiais civis no GT, melhoria no valor do vale-refeição e subsídios, paridade e integralidade, manutenção dos direitos dos aposentados, entre outras questões.
Arthur Lima adiantou que o governador já mandou valorizar oficiais administrativos. Disse que não faz sentido ter um único cargo na Polícia Civil, mas que também não faz sentido ter 14 carreiras. É favorável a valorizar subsídios com total transparência. Disse que ainda não tem algumas respostas, mas que a minuta será discutida com todos. A questão da paridade e integralidade também é alvo de estudos. Informou que problemas de saúde mental na Instituição preocupam e estão contratando psicólogos para atuarem. Por fim, admitiu que, ao usar Dejem e Dejec, têm a constatação de que o policial não está recebendo o suficiente para sustentar sua família.
“Ficamos satisfeitos em saber que o aposentado será preservado, até porque isso é direito adquirido. O secretário Arthur Lima também garantiu que teremos nova reunião em breve para que possamos ver o que não está correto e que o objetivo é valorizar o policial civil. Esperamos que isso, em termos de valorização, seja muito breve. O governo disse que precisa de uma polícia civil valorizada, forte e eficiente. Então é hora de começar melhorando nossos salários”, concluiu Fátima.
ASSISTA NA ÍNTEGRA: https://www.youtube.com/live/qzOkiiOZHCg